O serviço exclusivo de transporte até o Estádio Beira-Rio para pessoas com deficiência e idosos, o ônibus Especial APD (Acessível a Pessoas com Deficiência) da Linha Solidária da Carris, funcionou mais uma vez nesse domingo, 22, para o deslocamento dos torcedores que iriam à partida entre Coreia do Sul e Argélia. Saindo do ponto de embarque localizado na esquina das avenidas José de Alencar e Padre Cacique, no Viaduto D. Pedro I, realizou duas viagens em um intervalo de 20 minutos no início da ensolarada tarde. “Eles pedem informações, eu auxilio ainda no embarque e desembarque. O retorno está sendo muito bom, a experiência de trabalhar aqui é positiva”, contou o motorista, Jair Ramos, 34 anos.
Foi em uma dessas viagens que embarcou o casal Regina e Alfreu Moura, ambos aposentados e moradores do bairro Cidade Baixa. “Esse é o primeiro jogo da Copa que vamos assistir. A expectativa está grande”, contou Regina, que tem dificuldades de locomoção. Ele, vestindo camiseta do Grêmio e ela, do Internacional, a dupla representava o clima de rivalidade amigável que tomava conta do Caminho do Gol. Ao longo de toda a avenida Borges de Medeiros, diferentes cores, times, bandeiras e sorrisos se misturavam. O casal combinou, durante o deslocamento até o estádio, que Alfreu torceria pela seleção argelina, enquanto Regina apoiaria os coreanos, em um clima de total descontração. Chegando ao destino, fundiram-se à multidão colorida que lotava o entorno do campo esportivo em direção aos portões e foram vibrar.
Maria Iara Argemi é gremista ferrenha e amante do futebol. Ela estava empolgada para acompanhar a partida ao lado do neto João Pedro Argemi, embora não escondesse um leve desconforto por assisti-la na casa do time adversário, o Internacional. Emocionada, Maria Iara contou que costumava viajar com o time tricolor quando era mais jovem, mas que esta seria sua estreia na Copa do Mundo. Moradores de Canoas, seguiram desde lá de carro até a avenida José de Alencar e ali embarcaram na Linha Solidária. “Adoramos o serviço, os bancos são muito confortáveis. Se não fosse este ônibus, teríamos que ir a pé, e ela tem dificuldades para caminhar”, disse o neto João Pedro.
Texto de: Fernanda Leal
Edição de: Manuel Petrik
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